sábado, 18 de dezembro de 2010
RUBINHO DO VALE
Vale do Rubinho
Ao findar à tarde
Quando o sol se esconde
O Jequitinhonha espera a
Chuva ao amanhecer.
O entardecer não é florido
Os pastos limpos esperam
A chuva ao amanhecer.
O lavrador com a triste seca
Filho com fome lhe faz chorar de tristeza
Mas mesmo assim na triste seca
Buscam a Deus, que é a fonte da certeza
Mas no meio de uma terra seca
Nasceu uma flor, que mostra ao mundo
Que no Vale há beleza
Rubinho do vale, da terra mansa
Canta pra este povo a esperança!
Você transforma a luta e a dor em um canto
De amor e esperança
Por este povo sofredor
Que acolhe suas mensagens de amor
Brilha, brilha Rubinho!
Canta menino que a chuva
Em breve, ela vêm
Canta, canta Rubinho!
Traz um pouquinho desse amor que você tem.
(Uma homenagem minha ao vale do Jequitinhonha e ao Amigo e
Poeta, Cantor,Compositor, Folião e Congadeiro Rubinho do vale.)
JANELAS DA VIDA
Contradição
O que eu nunca senti
Às vezes, e agora sinto.
E o que eu sentia
Agora não sinto
Quando sinto alegria
Logo vem a tristeza
Quando penso
Que é só tristeza
Vem junto a angustia
Angustia, angustia
É o que eu sinto.
Mas, de quê ?
Logo me pergunto
Não tem causa
Logo não me desabafo.
Por que não me desabafo?
Porque não existe
O objeto do desabafo
Aparece a fúria, o ódio.
A emoção toma conta
Que contradição!
Não sei o que eu falo
Não sei o que eu penso
Só sei se penso errado
Não tem explicação
Às vezes digo sim
Ao mesmo tempo
Paro e digo não.
Mas logo vem
O talvez que gera
Toda a confusão !
Sozinho estou feliz.
Acompanhado?
Agora te digo não
Não, sim, não
O quê então?
Não sei o que falo
Não sei o que penso
Não sei o que sinto
Às vezes não sinto
Se penso que acabou
Logo começa de novo
Tristeza, angústia
Mágoa, amor.
Embaralhou tudo
Agora ? Acabou.
A morte de um poeta
Ó que tristeza é
A morte de um poeta.
Quando se parte
Para o seio da terra
Dormindo este
Na solidão e calado
Está o seu coração.
Que se desfaz como
Uma serração e na neblina
Só resta saudade
E tristeza no coração
Aguardando a ressurreição
Os bravos nunca morrem
Diz um certo ditado
Todos de ti se lembrarão
Meu caro poeta animado
Obrigado por suas loucuras
Seus ensinos, rimas e conselhos.
Que a todos enfrentou sem medo
Para lutar pelos seus direitos
Parabéns, poeta.
Descanse na sua tumba
Obrigado pelos seus
Pensamentos que despertou a
Todos para os bons momentos.
Sentado a beira do caminho
Olho e vejo a vida passar
Não sei se o
Amanhã chegará
Ou se o passado
Vai voltar.
Estou a beira do caminho
Os amigos todos
Já passaram e eu aqui
Estou sentado sozinho
Só me resta uma
Grande saudade
E tudo que virá
Será vaidade
E pura ilusão.
Imaginar o futuro
É pensar em vão
Olho e vejo a vida
Passar e contemplo
Que estou sozinho
Uma voz me diz bem
Suave amigo não desista.
Lembro –me dos amigos
Saudade faz doer
No peito o amor e o respeito
Pelos amigos do peito
Meus amigos já passaram
Fico triste quando
Olho e vejo que estou
Distante deles
No meio do caminho
Preciso continuar
A caminhada
Não adianta chorar
Lamentar, o recurso é
Viver a vida e lutar
Que a vitória chegará.
Só me resta saudades
Mas assim é a vida.
Tenho a esperança
De encontrá-los
No final do
Caminho dessa vida.
Que será?
Que será da minha vida?
Os amigos vão passando
O amanhã vai-se acabando
E o passado vai aumentando
Que será da minha vida?
Minha juventude
Vai passando
A velhice aumentando
E a solidão no
Peito apertando
Que será? , que será?
Quando o futuro chegar
O presente passar
E depois findar?
E o passado eu
Ter que relembrar?
Não sei o que será
De mim no tempo
Relembrando os
Velhos tempos
E momentos sentado
Num banco da praça
Vendo a juventude
Que não passa
Só me resta viver
A vida sem se preocupar
Com o futuro
Tentar lutar e
Agradar o mundo
E virar uma lenda
No fim do túnel.
Quando chega a noite na cidade.
Quando chega a
Noite na cidade
É triste e dura
A realidade
Dum anoitecer
Sem a certeza
Que irá amanhecer
Choros, brigas
E embreaguez.
Barrigas roncando
Sem ter o que comer
Mendigos pelas
Ruas esperando
A esperança do amanhecer
Quando chega a
Noite na cidade
Acaba – se a vaidade e
Chega a dura realidade
Quem tem lar – se esconde
Com sua família descansando
E esperando o amanhecer
Quem não tem lar e família
Fica com a depressão
Com vícios e tristezas e pesares
Que – lhe adotou como família
E que lhe prende na agonia
Quando chega a noite na cidade
A esperança bate no peito
Ao pensar no amanhã da felicidade
Anoitecemos e não sabemos
Se amanheceremos.
E se eu chorar?
Passamos por lutas
E sofrimentos , alegria
Tristeza de tudo um pouco.
Chega a nos em paz
Ou em tormento
E se eu chorar
Neste momento?
A vida vai passando
Os amigos se findando
A saudade apertando
E se eu chorar
Neste momento?
O tempo vai se findando
O amanhã vai despertando
E o soar de um
Novo tempo chegando
E se eu chorar
Neste momento?
Se eu chorar
Neste momento
Não fique triste
Pelo meu tormento
Esta é a única maneira
Que eu tenho de expressar
Meus sentimentos
Não tenho palavras
Para lhe dizer
Que minha vida
Só resta saudades
De um passado que
Findou-se e que
O tempo apagou
Mas no meu coração
A chama despertou
E se eu chorar
Neste momento?
Sorria para mim
A todo tempo
E me anime dizendo que
A vida continua
E que chega
De sofrimentos
E se eu chorar
Manda-me
Olhar para cima
Faça-me ver que
Tenho companhia
Mostra –me que
Não estou sozinho
E que de mãos dadas
Com você eu vencerei.
Quinze anos
Para você parece
Que demorou
Mas, para seus pais parece
Que o tempo voou.
O tempo passa e logo
Chega o tempo.
O tempo de crescer
De amadurecer
E de florescer.
Quinze anos
Quinze anos jovem.
Ficamos com mais
Vontade de viver
Viva a vida e
Faz a sua vida.
Quinze anos sempre
Por toda vida.
Viver, lutar, vencer.
É assim que deve ser
Lutar pelos seus
Sonhos com
Coragem de viver
Esta data marca inicio
De uma caminhada
Que mais parece uma jornada
Cortando a vida por etapas
Etapas que passamos
E conquistamos
Criança, adolescente
Jovem e velho.
Cada fase é uma estrela
Que se perde pelo caminho
Acesa no passado
Que faz brilhar no presente
Não desista vai em frente
Lute e tente e
Seja persistente.
Você tem muitas
Vitórias pela sua frente
Poesia do amigo
Amigo, meu maior prazer
Foi te conhecer
E saber quem é você
Poder contigo
Aprender a viver
E a lutar pela
Vida com você.
Um amigo a gente
Nunca esquece
Cada vez que nos encontramos
E nos falamos
A história se repete e a
Amizade se floresce.
Cresce no peito e o
Amor resplandece.
Amigo foi bom
Conhecer você
Tudo é vazio
Sem você
Com seu jeito
De viver meu amigo
Eu dependo de
Você para viver
Amigo eu quero
Sempre te ver
Saber como vai você
Poder olhar para
Você e dizer:
Amigo foi bom
Te conhecer
A melhor coisa que
Fiz na minha vida
Foi achar você
Que agora passa a ser.
Toda a razão do meu viver
Amigo, nunca vou
Te esquecer.
Por onde eu andar
Quero levar você.
Dentro do meu peito
E lembrar quem é você.
Não quero ver as lágrimas
Rolarem pelo seu rosto
Quando nestas
Linhas você meditar
Lembre-se tudo pode passar
Mas a nossa amizade.
Essa jamais acabará
Como é bom poder caminhar
Lado a lado com você
De mãos dadas pela vida
Só temos a vencer,
Amigo, agradeço
A deus por ter você.
Desilusão
Por que partistes o que não eras teu?
No meu peito me condenastes
A encarar a realidade
Que é ter que lutar
Com a desilusão
Oh! Amor tão belo
Por que rompeste o elo
Que ligava os dois
Pedaços do peito
Que formavam um perfeito?
E agora? , não há mais jeito.
O recurso é esperar tocar no peito
O que me trouxe tanto desencanto.
Vida desgraçada que é
Só dor e pranto
Como quer que sejamos felizes
Sofrendo tanto?
Só cessa na sepultura onde
Se cala o nosso canto
Não dar para ficar contente
Se não tem mais o vulto
Do teu rosto atraente
Tu que eras para mim a oitava
Dos setes milagres que
Neste mundo brilharam
Para que mais viver ?
Se não há mais alegria
Se o amor que por você
Crescia , expirou-se como se
Fosse um dia .
Estou sozinho esta noite
Ai que vontade de sair pelas ruas
A procura de alguém para conversar
Não agüento mais o silêncio
Que me enche de tormento
Despertando em mim
Um sentimento de solidão
À vontade que eu tenho
É de ter você ao meu lado
Para que eu não me sinta derrotado
Como é triste sem a sua companhia
Penso que estou esquecido
Perdido sem abrigo, sem amigo.
Esta noite eu quero lhe falar
O que estou sentindo
O quanto é triste voltar para
Casa e ver que estou sozinho
Companhia só ao dia
Mas a noite vem só agonia.
De não ter alguém para conversar
E o medo de assim ver a
Vida terminar e sozinho acabar.
Como está o seu amor por mim?
Como está o seu amor
Continua a bater no peito
Desejando ter minha presença
Para apagar esta chama
Que lhe queima de paixão?
Como está o seu amor?
Sabendo que onde estou
Não estou completo
Porque não tenho você por perto
A não ser um pálido reflexo do seu amor
Na brisa que me toca,
E na lua que brilha como prata.
Dando vida a esta noite sem graça
Vida que não tem mais jeito
Sem você ao meu lado
Trazendo o restante
Da minha alegria que
Ficou guardada com você
Como está o seu amor por mim?
Responda com o coração
E também com a razão.
Lembrando de meus beijos
Matando os seus desejos
De ser amada, de ser valorizada.
E imortalizada em meu coração.
Ciranda – Cirandinha
A noite chega
A lua desponta
A luz que ilumina
Clareando a calçada
Marca início das cirandas
Que alegra as crianças
Vem jovens, vem velhos!
Vem todos cirandar
Juntando os passos
Vamos todos cantar
Ciranda – cirandinha
Vamos todos entoar
Na noite tão bela
Crianças sinceras
Estão a brincar
Sem temores
E sem medos
Estão a cantar
Ciranda – cirandinha
Vamos todos entoar.
O Palhaço também chora
A hora que as luzes
Apagam do picadeiro
Começa o vazio no peito
Ao olhar para dentro do coração
E ver que a alegria passou
Um sentimento profundo bate
Ao olhar para as arquibancadas
E ver que elas estão vazias
Ajudastes as pessoas a sorrirem
E agora? Quem vai fazer você sorrir?
Acabou-se a alegria
Ninguém amanhã se lembrara de você
A felicidade foi momentânea
Sei que se dependesse de você
Seria eterna alegria.
Deixastes os problemas de sua família
Por fora está contente e inabalável
Mas por dentro choras ao olhar e ver que só pode
Esquecer os problemas por instantes
Talvez o sorriso e a gratidão das pessoas
Seriam maior se soubessem que o palhaço
Que os fazem esquecer os problemas também chora
Mas o encara com alegria e com lutas
Para fazer a vida melhor, parabéns herói da cara pintada.
Lembre –se que não é feio e nunca vai ser
As pessoas saberem que o palhaço também chora
Mas incentiva os outros a vitória.
Cambaleando na Madrugada.
Cambaleando na madrugada
Interrompendo o silêncio da noite
Dois passos solitários
Sem esperança e consolo
Já bebestes para esquecer a vida
Tão amarga e tão sofrida
E só assim, se debilitando no prazer.
Achastes que é fácil
De tudo se esquecer
E quando não se lembras de mais nada
Volta a casa com a vida desgraçada.
Cambaleando na madrugada
Tu não sabes que o barulho
De teus pés na calçada
É alegria para sua casa
A onde sua mulher e seus
Filhos estão a pedir a Deus
Proteção para você.
Voltastes para casa sem
Nada , mas para eles
O melhor é ter você com vida
Enquanto você estava no bar
Tentando de tudo esquecer
No seu lar, tua família
Pedia a Deus por você.
Enquanto os que dizem
Ser seus amigos vão embora
A sua família a te imploras
Para não mais beber.
Amigo, penses na vida
Problemas maiores terás
Se perderes a tua família
Por causa da bebida
Destruirás a tua vida e
Junto irás tua família
Olhas às lágrimas de
Sua esposa que choras
E com os filhos sentem
Dor ao te ver pelas calçadas
Cambaleando pela calçada
Tu chegas em casa e achas
Forças para calar os prantos
Com tapas e com bofetadas
Amigo, pare e reflita,
E também olhe para a vida!
Olhe para as lágrimas que
Por você são derramadas
Quando aos céus clamam
Por te pedindo a proteção.
Amor Lusitano
Ficastes lá sozinho no tempo
Tão distante e sofrendo, desamparado.
Sem entenderes o por quê?
De tanto sofrimento.
Oh amor lusitano!
Que me enchestes de encanto
E que por mim chorastes tanto
Derramando todo o teu planto.
Camões também por ti chora,
Relembrando tua amada,
Que perdeste no mar da vida.
Choras relembrando sua culpa
Por correr atrás de aventuras
Pagou caro com choros e lutas.
Oh amor lusitano!
Infeliz que sou, este pobre pecador.
Que não soube dar valor
Ao teu sincero amor.
Vejo que eu sou um grande descobridor
Da ilha da ilusão, perdido no mar da solidão.
Sem rumo espero encontrar a morte
Não espero grande sorte
Amor lusitano, obrigado por
Demonstrar tanto afeto.
Por mim também pagastes
Um grande e cruel preço.
A dor do amor no coração.
Canção do Amor
Chegas de mansinho
Suave como o vento
Mexendo com meu sentimento
Amor misterioso
Amor misterioso
De encanto e de magia
Só trás a alegria de
Ser feliz no amor
Não sei de onde vens
Só sei que vens com força
De amor misterioso.
Amor misterioso
Meu coração é seu
Não sei qual é seu nome
Não tem explicação
Só sei que eu te sinto
Chegar bem sorrateiro
Nas horas de tristezas
Amor misterioso
Perfuma meu coração.
A vida sem você
Não passa de ilusão
Receba desse amigo
Uma eterna gratidão
Fogão a Lenha
O viver doce é aqui no campo
Na beira de um rio
Nasce meu encanto
Vendo às matas verdes
E as Campinas
Cachoeiras claras que
Vem das montanhas
O viver em paz com a natureza
É saber desfrutar de suas belezas
E sentir o ar puro
É sentir a vida
É o fogão a lenha
Que faz boa comida
E uma fumacinha pela janela
Vai buscar o meu amor
Vem sentir também esta beleza
Vem pro paraíso amor .
Pois aqui no campo
Tudo é tão lindo
Tudo é tão belo
Tudo é infinito
Más sem você eu
Vou morrer de paixão
Pois é muito grande
A minha solidão
Com você por perto
Tudo é diferente
A brisa do vento
Sopra o amor da gente
Ás águas refresca
O coração ardente
É o fogão a lenha
Esquentando a gente
É o amor nosso
Com a vida no campo
É o paraíso de nossos sonhos.
Saudosas brincadeiras do nosso Povo
Quem não se enxerga
Recebe o nome de cobracega
Com os olhos vendados
Sai procurando os colegas
Com um punhado de pedras
Joga-se belisco na calçada
E se entra correria agora
É porque a brincadeira é de Bóia
E para quem é atleta
Vamos jogar peteca ?
E para quem gosta de dar às mãos
E andar em círculos
No ritmo da infância
Vamos dançar ciranda?
Para quem gosta de procurar
Eu vou correr e amoitar
Se você me encontrar
Favor então gritar :
Pique um , dois , três
O fulano eu ali está .
E se eu for à rua
Com quem meu
Anel vai estar ?
Atirei o pau no gato
E o povo até benzeu
Por causa do miado
Forte que o gato deu
Não sou polícia
Mas nas brincadeiras de ronda
Se são meus amigos , logo então grito:
Pique ajuda um , dois , três
Encontrei você outra vez
Eternas brincadeiras saudosas
Ás de hoje são bebidas
Roubos , fumos e drogas
E as antigas que faziam
O homem crescer
Se perderam na história .
Mais um dia amanhece
Mais um dia amanhece
E o que eu vou fazer nesse dia ?
Não vou deixar que os meus
Problemas venham – me entristecer
Apesar dos problemas que
Já estão na porta a bater
Hoje eu decidi levantar e viver
Vou esquecer o amanhã
Que tanto me faz sofrer
Procuro tanto em viver o amanhã
Que me esqueço de viver o hoje , ao amanhecer
O amanhã é o dia de hoje duas vezes ,
Se eu viver bem hoje
Amanhã será bom duas vezes
Mas se eu viver mal.
Amanhã pensarei no passado
E tentarei consertar o presente.
Mais um dia que devo viver
Com amor e alegria
Hoje eu acordei sabendo que
Muitos não amanheceram
E que muitos não dormiram
Por causa da dor e do sofrimento
Vejo que sou privilegiado
Vou viver hoje como se fosse
O meu único dia e com o
Meu próximo vou compartilhar
Hoje dessa grande alegria
Hoje não vou reclamar da vida
Se faz sol ou chuva
Se é fácil ou difícil
Se faz calor ou frio
Vou fazer a minha parte
Vou cumprir a minha tarefa
Até o final do dia .
Criança
Vou correr
Vou brincar
Vou saltar e então cantar
Sou criança inocente
Tudo para mim é diferente
Chegou à tarde de mais um dia
Mais um dia de criança
Vai pro quarto pequenino
Vai dormir para crescer
Vai dormir , vai sonhar
Com anjinhos a cantar
Dorme , dorme inocente
Criancinha bem contente
Que amanhã é novo dia
Pois tudo será mais alegria
Garoto de Rua
Hoje nasceu mais uma criança
Nas ruas da cidade
Filho de mãe prematura ,sozinha
Desiludida e sem o apoio da família
Deu a luz a um jovem sem teto
Sem amor e sem afeto
E sozinho nas ruas aprenderás
O que não é correto
Crescerás e lutarás para viver
E dos furtos e das drogas
Tirará o teu sustento
Jamais saberá o que é está na escola
E numa lata de cola perderás seus
Sonhos e pensamentos
Crescerás num mundo vazio
E terás o desprezo , a revolta e o descontentamento
Ao ver pessoas que podem ajudá-lo
Virarem às caras e descrimina-lo
No meio de tantas injustiças
Só crescerás a revolta
Verás que ninguém lhe estende a mãos
Para tirá-lo dessa situação
Seu futuro é a morte , que triste e infeliz sorte
Se às drogas não o levarem
O traficante , às doenças ou os grupos
De extermínios o levarão
E mesmo assim se de tudo escapar
Na cadeia irá parar
E o restante da vida a encurtar-se
Na janela de uma cela
Vendo alguns privilegiados que nasceram
Num lar com uma família estruturada
Reclamando da vida e não dando a ela
O seu real valor
E fazendo às pessoas ao seu redor
Chorarem de tanta dor
A vida não é injusta , nós é que somos
Injustos na hora de compartilhar o carinho
A ajuda e o amor
Todos os dias a história se repete
Nas ruas da cidade .
O varredor de Ruas
Amanhece o dia e um
Senhor solitário varrendo
A velhas ruas da cidade
Antes das pessoas se levantarem
E verem às desordens de lixos
Semeados pelas ruas por
Baderneiros e vira –latas
Aquele pobre varredor passa com
Sua vassoura varrendo às ruas e às calçadas
Crianças em suas ruas não sabem
O que é cortar os pés em cacos de vidros
Graças a esse bom senhor matutino
Às pessoas despertam e não sabem o que
Aconteceu na noite passada em suas ruas
Saem para o trabalho e nem si quer reparam
Como está tudo limpo e arrumado
Não existe lixo em suas portas
E nem folhas e nem vestígios
Dos desordeiros noturnos
Oh varredor de ruas!
Você também acaba varrendo
O nosso orgulho ao nos mostrar
Que apesar de às pessoas não notarem
Você às ama e por isso escolheu ser útil
A elas nessa humilde profissão
Que apesar de muitos olharem
Para ela com discriminação
Você faz dela uma das
Mais honradas profissões .
A flor do meu jardim
Sonhei que você era
A flor do meu jardim
Uma semente de esperança
Que plantei num vaso de amor
Que reguei com gotas de carinho
Com adubo do respeito
Crescestes no meu peito
Abristes um botão de alegria
Com pétalas de educação sadia
De todas às outras plantas
Conquistastes a simpatia
E os raios do sol da admiração
Clareiam –lhe todos os dias
Pois você é a razão
Da minha eterna alegria
De onde vens o vento?
De onde vens o vento
Que passa pelas Campinas
Sacudindo às flores do pé da colina?
De onde vens o vento
Que sopras pelo rio onde
Banha-se o meu amor ?
Passas pelo teu corpo
De Afrodite lhe revestindo
Da brisa serena que vem do anoitecer
Oh minha musa da paixão
Assim és o meu amor como o vento
Que te sopras e te faz gelar a alma .
Secando teus medos e tormentos
E lhe enchendo os pulmões de amor
Que sopra às nuvens aos corações secos
E faz cair a esperança que faz
Germinar a arvore do amor
Não sei de onde vens
E nem sei para onde vai
Só sei que sua eterna
Trajetória é infinita
Assim és o meu amor
Por você ,como o vento.
Barquinho de papel
uando a chuva cai
Saio correndo pelas ruas
Com meu barquinho de papel
Acompanhando à enxurrada
Vejo ao longe às águas levando
Meu barquinho ,tão frágil e tão pequeno
A caminho do rio
Fico imaginando eu nele com o meu amor
Abraçados , seguindo o nosso destino
Até o calmo mar do amor
Meu amor por ela é como o barquinho de papel
Tão frágil nas ondas da vida
Mas mesmo assim não se intimida
E vai seguindo sua vida
Meu amor por ela é como este barquinho
Guiado pelas mãos de inocente criança
Que colocou seus sonhos em um pedaço de papel
Feito com o papel do mais puro amor
Guiado pela inocência nas enxurradas da vida
Até o rio da esperança onde se fortalecerá
Para chegar até o mar do amor
Calmo puro e vencedor, do mais puro amor.
A enxada e a caneta
Não me digas tu ,oh caneta
Que de mim só vem desonras
Pois tu dizes que só pegam a
Você gente de boa fama
Mas ,olhe só aqui no campo
Veja às pessoas que lutam
Tanto para manter os que
Pegam a você com encanto
Com minha ajuda muitos
Fizeram fortuna para seus filhos
Virarem doutor lá na capital
Para depois te usarem e você
Chegar pensando ser a tal
Saiba de uma coisa que acontece
Aqui no campo , malandro não tem
Vontade de me pegar para trabalhar
Só me pega quem é honesto
Quem não teve condição
De só contigo trabalhar
Mas são homens honrados
Diferentes dos salafrários
Que só querem dos outros
Aproveitar e crescer na vida
Sem ser preciso trabalhar
Desse tipo de gente você
Também não tem como escapar
Tem que a eles servir ajudando-os
Ao mundo defraudar, enquanto que
Comigo, que sou a caneta da roça
Não tem como crescer sem trabalhar
Respeito a você como caneta
E também de mim deverias respeitar
Pois de mim também sai o sustento
Das mãos que te seguram por lá .
Cavalaria Lusitana
Ouvem-se os barulhos dos cascos
Dos cavalos pelas ruas da cidade
Será guerra , será repreensão , ou
Até mesmo uma rebelião?
Não meu bom homem mineiro
É a cavalaria lusitana
Que deixou o rio de janeiro
E veio até aqui para nos tirar o sossego
O que querem esses desalmados
Além de nos levar o quinto
Das nossas riquezas , do nosso ouro?
Querem nos tirar também a liberdade
Levando Tiradentes , o sonhador divino
Querem destruir os nossos sonhos
De sermos livres da escravidão
Querem abafar um grito
Que irá despertar a nação
Um grito que os cavaleiros
Não podem matar em cada coração
Perdemos Tiradentes, que agora morrerá
Como um inconfidente para despertar
O patriotismo da nação
Mostrou ser um brasileiro
Ao dar a sua vida pela liberdade
Do seu país , sua nação .
Poder revê-la
Poder revê-la é o que mais me
Importa neste mar da saudade
E poder te ver em meus braços
Aqui estou como Odisseu
Enfrentando poseidon destino
No mar das lutas e das saudades
Anseio chegar a praia dos
Teus beijos e abraços
Assim como o jovem de ìtaca
Ansiava após suas aventuras
O descanso nos braços de
Sua amada Penélope
Poder revê-la é o desejo que sinto
Ter em meus braços ,
Sentir o seu carinho
Poder unir nossos sentimentos
Em um só laço de esperança vindoura
Sem temer o futuro , pois se
Estou ao teu lado ,estou seguro
Seguro e confiante,pois tenho
Mais alguém que se preocupa comigo
Pois juntos não há o que temer
O vindouro futuro, apenas
Encara-lo com muito orgulho.
Crítica
Surgistes com os gregos com
O intuito de ofender os loucos
Sentados no Divã do Olimpo
Com o tempo foi –se aperfeiçoando
Com um pouco de realismo,de sátira,
Humor e zombaria
Despertando iras, tristezas e contendas
Dúvidas e levantando incertezas
O humor é a crítica , a realidade
Sendo contada de maneira
Alegre e descontraída
Às vezes torna –se arma para quem
Quer ao próximo ofender
Às vezes ajuda a verdade a tona aparecer
A não aceitar tudo que os
Outros vêm lhe oferecer
Começastes lá nos tempos
Passados com um gordo feio
Baixo e debochado . Platão
O careca endiabrado
Minha ninfa
Admirando sua pele divina
E sentindo em minha boca
O teu beijo ardente
Oh minha ninfa inspiradora !
Faz-me viajar em um sonho
Profundo e irreverente
Quando a vejo andando de encontro
Ao sol escaldante , sinto ver o céu baixar a terra
Sinto ver um anjo, com doce olhar de encanto
Trazendo-me o mais puro amor do Olímpio
Com um brilho esplendoroso
Oh minha doce ninfa !
Venha para os braços do seu amado
Poeta mortal , que ao sentir você em meus braços
Cresce em meu peito uma coragem fenomenal
De sair a gritar , mostrar para todos
Esse amor que me faz sentir um poeta imortal
Sentado no divã do amor com você em meus braços
Passando-me todo o seu amor
Doçura são teus beijos como o néctar
Do Olímpio que revigora seu amado
Do amor imortal
Cesse tudo que de Afrodite
A velha lenda canta
Pois outro poder ainda
Mais belo se alevanta
E é você minha ninfa
Que me encanta.
Olhando além da janela
Olhando além da janela
Eu avisto uma serra
É para lá aonde vai
O meu triste coração
Atrás daquela serra
Uma música tão bela
Faz soar meu coração
É para lá eu olho então
Que música toca lá?
Só o silêncio do vento
E o canto das aves
Ao passar pelas arvores
E pelas flores são
Para mim dois amores
Olhando além da janela
Eu imagino esta vida tão bela
Que está além da serra
Que torna a vida tão completa
Olhando além da janela
Não quero ficar apenas a contemplar
Quero lá levar meu coração
Para deleitar nesta emoção
Marchar
Ao oitavo dia, do terceiro mês
Do ano de mil e quinhentos
O herói com brasão de cabras de Belmonte
Olha para o céu, olha para o mar.
Com um olhar bem descontente.
Oh, eterno poder trino!
Olhe só a vida triste
Que nos encobre, redemoinhos
De lendas que falam que existem
Nestas águas da imensidão.
Oh, poder trino que favor
Aos reis consente!
Concedeis nos marchar pelos mares,
Abrindo os horizontes da superstição.
Eu quero marchar com os ventos,
Com Deus e com os firmamentos do mar!
E Jeová reponde: "Marchar!
Avante irás sem se intimidar
Por outros mares a navegar."
Vai Cabral abre a minha eterna
Oficina e tire o Brasil de lá.
“Por esse mar longo”.
Afirmava Caminha.
Inspirado pelas ninfas
Que do olímpo desciam.
Vamos abrir à mente desta
Antiga marinha.
Ao vigésimo segundo dia
Do mês quarto de mil e quinhentos
Ao Brasil desembarcaram.
Povos e grandes riquezas acharam
Que nem nas índias, ouviu tal fama.
O que eu nunca senti
Às vezes, e agora sinto.
E o que eu sentia
Agora não sinto
Quando sinto alegria
Logo vem a tristeza
Quando penso
Que é só tristeza
Vem junto a angustia
Angustia, angustia
É o que eu sinto.
Mas, de quê ?
Logo me pergunto
Não tem causa
Logo não me desabafo.
Por que não me desabafo?
Porque não existe
O objeto do desabafo
Aparece a fúria, o ódio.
A emoção toma conta
Que contradição!
Não sei o que eu falo
Não sei o que eu penso
Só sei se penso errado
Não tem explicação
Às vezes digo sim
Ao mesmo tempo
Paro e digo não.
Mas logo vem
O talvez que gera
Toda a confusão !
Sozinho estou feliz.
Acompanhado?
Agora te digo não
Não, sim, não
O quê então?
Não sei o que falo
Não sei o que penso
Não sei o que sinto
Às vezes não sinto
Se penso que acabou
Logo começa de novo
Tristeza, angústia
Mágoa, amor.
Embaralhou tudo
Agora ? Acabou.
A morte de um poeta
Ó que tristeza é
A morte de um poeta.
Quando se parte
Para o seio da terra
Dormindo este
Na solidão e calado
Está o seu coração.
Que se desfaz como
Uma serração e na neblina
Só resta saudade
E tristeza no coração
Aguardando a ressurreição
Os bravos nunca morrem
Diz um certo ditado
Todos de ti se lembrarão
Meu caro poeta animado
Obrigado por suas loucuras
Seus ensinos, rimas e conselhos.
Que a todos enfrentou sem medo
Para lutar pelos seus direitos
Parabéns, poeta.
Descanse na sua tumba
Obrigado pelos seus
Pensamentos que despertou a
Todos para os bons momentos.
Sentado a beira do caminho
Olho e vejo a vida passar
Não sei se o
Amanhã chegará
Ou se o passado
Vai voltar.
Estou a beira do caminho
Os amigos todos
Já passaram e eu aqui
Estou sentado sozinho
Só me resta uma
Grande saudade
E tudo que virá
Será vaidade
E pura ilusão.
Imaginar o futuro
É pensar em vão
Olho e vejo a vida
Passar e contemplo
Que estou sozinho
Uma voz me diz bem
Suave amigo não desista.
Lembro –me dos amigos
Saudade faz doer
No peito o amor e o respeito
Pelos amigos do peito
Meus amigos já passaram
Fico triste quando
Olho e vejo que estou
Distante deles
No meio do caminho
Preciso continuar
A caminhada
Não adianta chorar
Lamentar, o recurso é
Viver a vida e lutar
Que a vitória chegará.
Só me resta saudades
Mas assim é a vida.
Tenho a esperança
De encontrá-los
No final do
Caminho dessa vida.
Que será?
Que será da minha vida?
Os amigos vão passando
O amanhã vai-se acabando
E o passado vai aumentando
Que será da minha vida?
Minha juventude
Vai passando
A velhice aumentando
E a solidão no
Peito apertando
Que será? , que será?
Quando o futuro chegar
O presente passar
E depois findar?
E o passado eu
Ter que relembrar?
Não sei o que será
De mim no tempo
Relembrando os
Velhos tempos
E momentos sentado
Num banco da praça
Vendo a juventude
Que não passa
Só me resta viver
A vida sem se preocupar
Com o futuro
Tentar lutar e
Agradar o mundo
E virar uma lenda
No fim do túnel.
Quando chega a noite na cidade.
Quando chega a
Noite na cidade
É triste e dura
A realidade
Dum anoitecer
Sem a certeza
Que irá amanhecer
Choros, brigas
E embreaguez.
Barrigas roncando
Sem ter o que comer
Mendigos pelas
Ruas esperando
A esperança do amanhecer
Quando chega a
Noite na cidade
Acaba – se a vaidade e
Chega a dura realidade
Quem tem lar – se esconde
Com sua família descansando
E esperando o amanhecer
Quem não tem lar e família
Fica com a depressão
Com vícios e tristezas e pesares
Que – lhe adotou como família
E que lhe prende na agonia
Quando chega a noite na cidade
A esperança bate no peito
Ao pensar no amanhã da felicidade
Anoitecemos e não sabemos
Se amanheceremos.
E se eu chorar?
Passamos por lutas
E sofrimentos , alegria
Tristeza de tudo um pouco.
Chega a nos em paz
Ou em tormento
E se eu chorar
Neste momento?
A vida vai passando
Os amigos se findando
A saudade apertando
E se eu chorar
Neste momento?
O tempo vai se findando
O amanhã vai despertando
E o soar de um
Novo tempo chegando
E se eu chorar
Neste momento?
Se eu chorar
Neste momento
Não fique triste
Pelo meu tormento
Esta é a única maneira
Que eu tenho de expressar
Meus sentimentos
Não tenho palavras
Para lhe dizer
Que minha vida
Só resta saudades
De um passado que
Findou-se e que
O tempo apagou
Mas no meu coração
A chama despertou
E se eu chorar
Neste momento?
Sorria para mim
A todo tempo
E me anime dizendo que
A vida continua
E que chega
De sofrimentos
E se eu chorar
Manda-me
Olhar para cima
Faça-me ver que
Tenho companhia
Mostra –me que
Não estou sozinho
E que de mãos dadas
Com você eu vencerei.
Quinze anos
Para você parece
Que demorou
Mas, para seus pais parece
Que o tempo voou.
O tempo passa e logo
Chega o tempo.
O tempo de crescer
De amadurecer
E de florescer.
Quinze anos
Quinze anos jovem.
Ficamos com mais
Vontade de viver
Viva a vida e
Faz a sua vida.
Quinze anos sempre
Por toda vida.
Viver, lutar, vencer.
É assim que deve ser
Lutar pelos seus
Sonhos com
Coragem de viver
Esta data marca inicio
De uma caminhada
Que mais parece uma jornada
Cortando a vida por etapas
Etapas que passamos
E conquistamos
Criança, adolescente
Jovem e velho.
Cada fase é uma estrela
Que se perde pelo caminho
Acesa no passado
Que faz brilhar no presente
Não desista vai em frente
Lute e tente e
Seja persistente.
Você tem muitas
Vitórias pela sua frente
Poesia do amigo
Amigo, meu maior prazer
Foi te conhecer
E saber quem é você
Poder contigo
Aprender a viver
E a lutar pela
Vida com você.
Um amigo a gente
Nunca esquece
Cada vez que nos encontramos
E nos falamos
A história se repete e a
Amizade se floresce.
Cresce no peito e o
Amor resplandece.
Amigo foi bom
Conhecer você
Tudo é vazio
Sem você
Com seu jeito
De viver meu amigo
Eu dependo de
Você para viver
Amigo eu quero
Sempre te ver
Saber como vai você
Poder olhar para
Você e dizer:
Amigo foi bom
Te conhecer
A melhor coisa que
Fiz na minha vida
Foi achar você
Que agora passa a ser.
Toda a razão do meu viver
Amigo, nunca vou
Te esquecer.
Por onde eu andar
Quero levar você.
Dentro do meu peito
E lembrar quem é você.
Não quero ver as lágrimas
Rolarem pelo seu rosto
Quando nestas
Linhas você meditar
Lembre-se tudo pode passar
Mas a nossa amizade.
Essa jamais acabará
Como é bom poder caminhar
Lado a lado com você
De mãos dadas pela vida
Só temos a vencer,
Amigo, agradeço
A deus por ter você.
Desilusão
Por que partistes o que não eras teu?
No meu peito me condenastes
A encarar a realidade
Que é ter que lutar
Com a desilusão
Oh! Amor tão belo
Por que rompeste o elo
Que ligava os dois
Pedaços do peito
Que formavam um perfeito?
E agora? , não há mais jeito.
O recurso é esperar tocar no peito
O que me trouxe tanto desencanto.
Vida desgraçada que é
Só dor e pranto
Como quer que sejamos felizes
Sofrendo tanto?
Só cessa na sepultura onde
Se cala o nosso canto
Não dar para ficar contente
Se não tem mais o vulto
Do teu rosto atraente
Tu que eras para mim a oitava
Dos setes milagres que
Neste mundo brilharam
Para que mais viver ?
Se não há mais alegria
Se o amor que por você
Crescia , expirou-se como se
Fosse um dia .
Estou sozinho esta noite
Ai que vontade de sair pelas ruas
A procura de alguém para conversar
Não agüento mais o silêncio
Que me enche de tormento
Despertando em mim
Um sentimento de solidão
À vontade que eu tenho
É de ter você ao meu lado
Para que eu não me sinta derrotado
Como é triste sem a sua companhia
Penso que estou esquecido
Perdido sem abrigo, sem amigo.
Esta noite eu quero lhe falar
O que estou sentindo
O quanto é triste voltar para
Casa e ver que estou sozinho
Companhia só ao dia
Mas a noite vem só agonia.
De não ter alguém para conversar
E o medo de assim ver a
Vida terminar e sozinho acabar.
Como está o seu amor por mim?
Como está o seu amor
Continua a bater no peito
Desejando ter minha presença
Para apagar esta chama
Que lhe queima de paixão?
Como está o seu amor?
Sabendo que onde estou
Não estou completo
Porque não tenho você por perto
A não ser um pálido reflexo do seu amor
Na brisa que me toca,
E na lua que brilha como prata.
Dando vida a esta noite sem graça
Vida que não tem mais jeito
Sem você ao meu lado
Trazendo o restante
Da minha alegria que
Ficou guardada com você
Como está o seu amor por mim?
Responda com o coração
E também com a razão.
Lembrando de meus beijos
Matando os seus desejos
De ser amada, de ser valorizada.
E imortalizada em meu coração.
Ciranda – Cirandinha
A noite chega
A lua desponta
A luz que ilumina
Clareando a calçada
Marca início das cirandas
Que alegra as crianças
Vem jovens, vem velhos!
Vem todos cirandar
Juntando os passos
Vamos todos cantar
Ciranda – cirandinha
Vamos todos entoar
Na noite tão bela
Crianças sinceras
Estão a brincar
Sem temores
E sem medos
Estão a cantar
Ciranda – cirandinha
Vamos todos entoar.
O Palhaço também chora
A hora que as luzes
Apagam do picadeiro
Começa o vazio no peito
Ao olhar para dentro do coração
E ver que a alegria passou
Um sentimento profundo bate
Ao olhar para as arquibancadas
E ver que elas estão vazias
Ajudastes as pessoas a sorrirem
E agora? Quem vai fazer você sorrir?
Acabou-se a alegria
Ninguém amanhã se lembrara de você
A felicidade foi momentânea
Sei que se dependesse de você
Seria eterna alegria.
Deixastes os problemas de sua família
Por fora está contente e inabalável
Mas por dentro choras ao olhar e ver que só pode
Esquecer os problemas por instantes
Talvez o sorriso e a gratidão das pessoas
Seriam maior se soubessem que o palhaço
Que os fazem esquecer os problemas também chora
Mas o encara com alegria e com lutas
Para fazer a vida melhor, parabéns herói da cara pintada.
Lembre –se que não é feio e nunca vai ser
As pessoas saberem que o palhaço também chora
Mas incentiva os outros a vitória.
Cambaleando na Madrugada.
Cambaleando na madrugada
Interrompendo o silêncio da noite
Dois passos solitários
Sem esperança e consolo
Já bebestes para esquecer a vida
Tão amarga e tão sofrida
E só assim, se debilitando no prazer.
Achastes que é fácil
De tudo se esquecer
E quando não se lembras de mais nada
Volta a casa com a vida desgraçada.
Cambaleando na madrugada
Tu não sabes que o barulho
De teus pés na calçada
É alegria para sua casa
A onde sua mulher e seus
Filhos estão a pedir a Deus
Proteção para você.
Voltastes para casa sem
Nada , mas para eles
O melhor é ter você com vida
Enquanto você estava no bar
Tentando de tudo esquecer
No seu lar, tua família
Pedia a Deus por você.
Enquanto os que dizem
Ser seus amigos vão embora
A sua família a te imploras
Para não mais beber.
Amigo, penses na vida
Problemas maiores terás
Se perderes a tua família
Por causa da bebida
Destruirás a tua vida e
Junto irás tua família
Olhas às lágrimas de
Sua esposa que choras
E com os filhos sentem
Dor ao te ver pelas calçadas
Cambaleando pela calçada
Tu chegas em casa e achas
Forças para calar os prantos
Com tapas e com bofetadas
Amigo, pare e reflita,
E também olhe para a vida!
Olhe para as lágrimas que
Por você são derramadas
Quando aos céus clamam
Por te pedindo a proteção.
Amor Lusitano
Ficastes lá sozinho no tempo
Tão distante e sofrendo, desamparado.
Sem entenderes o por quê?
De tanto sofrimento.
Oh amor lusitano!
Que me enchestes de encanto
E que por mim chorastes tanto
Derramando todo o teu planto.
Camões também por ti chora,
Relembrando tua amada,
Que perdeste no mar da vida.
Choras relembrando sua culpa
Por correr atrás de aventuras
Pagou caro com choros e lutas.
Oh amor lusitano!
Infeliz que sou, este pobre pecador.
Que não soube dar valor
Ao teu sincero amor.
Vejo que eu sou um grande descobridor
Da ilha da ilusão, perdido no mar da solidão.
Sem rumo espero encontrar a morte
Não espero grande sorte
Amor lusitano, obrigado por
Demonstrar tanto afeto.
Por mim também pagastes
Um grande e cruel preço.
A dor do amor no coração.
Canção do Amor
Chegas de mansinho
Suave como o vento
Mexendo com meu sentimento
Amor misterioso
Amor misterioso
De encanto e de magia
Só trás a alegria de
Ser feliz no amor
Não sei de onde vens
Só sei que vens com força
De amor misterioso.
Amor misterioso
Meu coração é seu
Não sei qual é seu nome
Não tem explicação
Só sei que eu te sinto
Chegar bem sorrateiro
Nas horas de tristezas
Amor misterioso
Perfuma meu coração.
A vida sem você
Não passa de ilusão
Receba desse amigo
Uma eterna gratidão
Fogão a Lenha
O viver doce é aqui no campo
Na beira de um rio
Nasce meu encanto
Vendo às matas verdes
E as Campinas
Cachoeiras claras que
Vem das montanhas
O viver em paz com a natureza
É saber desfrutar de suas belezas
E sentir o ar puro
É sentir a vida
É o fogão a lenha
Que faz boa comida
E uma fumacinha pela janela
Vai buscar o meu amor
Vem sentir também esta beleza
Vem pro paraíso amor .
Pois aqui no campo
Tudo é tão lindo
Tudo é tão belo
Tudo é infinito
Más sem você eu
Vou morrer de paixão
Pois é muito grande
A minha solidão
Com você por perto
Tudo é diferente
A brisa do vento
Sopra o amor da gente
Ás águas refresca
O coração ardente
É o fogão a lenha
Esquentando a gente
É o amor nosso
Com a vida no campo
É o paraíso de nossos sonhos.
Saudosas brincadeiras do nosso Povo
Quem não se enxerga
Recebe o nome de cobracega
Com os olhos vendados
Sai procurando os colegas
Com um punhado de pedras
Joga-se belisco na calçada
E se entra correria agora
É porque a brincadeira é de Bóia
E para quem é atleta
Vamos jogar peteca ?
E para quem gosta de dar às mãos
E andar em círculos
No ritmo da infância
Vamos dançar ciranda?
Para quem gosta de procurar
Eu vou correr e amoitar
Se você me encontrar
Favor então gritar :
Pique um , dois , três
O fulano eu ali está .
E se eu for à rua
Com quem meu
Anel vai estar ?
Atirei o pau no gato
E o povo até benzeu
Por causa do miado
Forte que o gato deu
Não sou polícia
Mas nas brincadeiras de ronda
Se são meus amigos , logo então grito:
Pique ajuda um , dois , três
Encontrei você outra vez
Eternas brincadeiras saudosas
Ás de hoje são bebidas
Roubos , fumos e drogas
E as antigas que faziam
O homem crescer
Se perderam na história .
Mais um dia amanhece
Mais um dia amanhece
E o que eu vou fazer nesse dia ?
Não vou deixar que os meus
Problemas venham – me entristecer
Apesar dos problemas que
Já estão na porta a bater
Hoje eu decidi levantar e viver
Vou esquecer o amanhã
Que tanto me faz sofrer
Procuro tanto em viver o amanhã
Que me esqueço de viver o hoje , ao amanhecer
O amanhã é o dia de hoje duas vezes ,
Se eu viver bem hoje
Amanhã será bom duas vezes
Mas se eu viver mal.
Amanhã pensarei no passado
E tentarei consertar o presente.
Mais um dia que devo viver
Com amor e alegria
Hoje eu acordei sabendo que
Muitos não amanheceram
E que muitos não dormiram
Por causa da dor e do sofrimento
Vejo que sou privilegiado
Vou viver hoje como se fosse
O meu único dia e com o
Meu próximo vou compartilhar
Hoje dessa grande alegria
Hoje não vou reclamar da vida
Se faz sol ou chuva
Se é fácil ou difícil
Se faz calor ou frio
Vou fazer a minha parte
Vou cumprir a minha tarefa
Até o final do dia .
Criança
Vou correr
Vou brincar
Vou saltar e então cantar
Sou criança inocente
Tudo para mim é diferente
Chegou à tarde de mais um dia
Mais um dia de criança
Vai pro quarto pequenino
Vai dormir para crescer
Vai dormir , vai sonhar
Com anjinhos a cantar
Dorme , dorme inocente
Criancinha bem contente
Que amanhã é novo dia
Pois tudo será mais alegria
Garoto de Rua
Hoje nasceu mais uma criança
Nas ruas da cidade
Filho de mãe prematura ,sozinha
Desiludida e sem o apoio da família
Deu a luz a um jovem sem teto
Sem amor e sem afeto
E sozinho nas ruas aprenderás
O que não é correto
Crescerás e lutarás para viver
E dos furtos e das drogas
Tirará o teu sustento
Jamais saberá o que é está na escola
E numa lata de cola perderás seus
Sonhos e pensamentos
Crescerás num mundo vazio
E terás o desprezo , a revolta e o descontentamento
Ao ver pessoas que podem ajudá-lo
Virarem às caras e descrimina-lo
No meio de tantas injustiças
Só crescerás a revolta
Verás que ninguém lhe estende a mãos
Para tirá-lo dessa situação
Seu futuro é a morte , que triste e infeliz sorte
Se às drogas não o levarem
O traficante , às doenças ou os grupos
De extermínios o levarão
E mesmo assim se de tudo escapar
Na cadeia irá parar
E o restante da vida a encurtar-se
Na janela de uma cela
Vendo alguns privilegiados que nasceram
Num lar com uma família estruturada
Reclamando da vida e não dando a ela
O seu real valor
E fazendo às pessoas ao seu redor
Chorarem de tanta dor
A vida não é injusta , nós é que somos
Injustos na hora de compartilhar o carinho
A ajuda e o amor
Todos os dias a história se repete
Nas ruas da cidade .
O varredor de Ruas
Amanhece o dia e um
Senhor solitário varrendo
A velhas ruas da cidade
Antes das pessoas se levantarem
E verem às desordens de lixos
Semeados pelas ruas por
Baderneiros e vira –latas
Aquele pobre varredor passa com
Sua vassoura varrendo às ruas e às calçadas
Crianças em suas ruas não sabem
O que é cortar os pés em cacos de vidros
Graças a esse bom senhor matutino
Às pessoas despertam e não sabem o que
Aconteceu na noite passada em suas ruas
Saem para o trabalho e nem si quer reparam
Como está tudo limpo e arrumado
Não existe lixo em suas portas
E nem folhas e nem vestígios
Dos desordeiros noturnos
Oh varredor de ruas!
Você também acaba varrendo
O nosso orgulho ao nos mostrar
Que apesar de às pessoas não notarem
Você às ama e por isso escolheu ser útil
A elas nessa humilde profissão
Que apesar de muitos olharem
Para ela com discriminação
Você faz dela uma das
Mais honradas profissões .
A flor do meu jardim
Sonhei que você era
A flor do meu jardim
Uma semente de esperança
Que plantei num vaso de amor
Que reguei com gotas de carinho
Com adubo do respeito
Crescestes no meu peito
Abristes um botão de alegria
Com pétalas de educação sadia
De todas às outras plantas
Conquistastes a simpatia
E os raios do sol da admiração
Clareiam –lhe todos os dias
Pois você é a razão
Da minha eterna alegria
De onde vens o vento?
De onde vens o vento
Que passa pelas Campinas
Sacudindo às flores do pé da colina?
De onde vens o vento
Que sopras pelo rio onde
Banha-se o meu amor ?
Passas pelo teu corpo
De Afrodite lhe revestindo
Da brisa serena que vem do anoitecer
Oh minha musa da paixão
Assim és o meu amor como o vento
Que te sopras e te faz gelar a alma .
Secando teus medos e tormentos
E lhe enchendo os pulmões de amor
Que sopra às nuvens aos corações secos
E faz cair a esperança que faz
Germinar a arvore do amor
Não sei de onde vens
E nem sei para onde vai
Só sei que sua eterna
Trajetória é infinita
Assim és o meu amor
Por você ,como o vento.
Barquinho de papel
uando a chuva cai
Saio correndo pelas ruas
Com meu barquinho de papel
Acompanhando à enxurrada
Vejo ao longe às águas levando
Meu barquinho ,tão frágil e tão pequeno
A caminho do rio
Fico imaginando eu nele com o meu amor
Abraçados , seguindo o nosso destino
Até o calmo mar do amor
Meu amor por ela é como o barquinho de papel
Tão frágil nas ondas da vida
Mas mesmo assim não se intimida
E vai seguindo sua vida
Meu amor por ela é como este barquinho
Guiado pelas mãos de inocente criança
Que colocou seus sonhos em um pedaço de papel
Feito com o papel do mais puro amor
Guiado pela inocência nas enxurradas da vida
Até o rio da esperança onde se fortalecerá
Para chegar até o mar do amor
Calmo puro e vencedor, do mais puro amor.
A enxada e a caneta
Não me digas tu ,oh caneta
Que de mim só vem desonras
Pois tu dizes que só pegam a
Você gente de boa fama
Mas ,olhe só aqui no campo
Veja às pessoas que lutam
Tanto para manter os que
Pegam a você com encanto
Com minha ajuda muitos
Fizeram fortuna para seus filhos
Virarem doutor lá na capital
Para depois te usarem e você
Chegar pensando ser a tal
Saiba de uma coisa que acontece
Aqui no campo , malandro não tem
Vontade de me pegar para trabalhar
Só me pega quem é honesto
Quem não teve condição
De só contigo trabalhar
Mas são homens honrados
Diferentes dos salafrários
Que só querem dos outros
Aproveitar e crescer na vida
Sem ser preciso trabalhar
Desse tipo de gente você
Também não tem como escapar
Tem que a eles servir ajudando-os
Ao mundo defraudar, enquanto que
Comigo, que sou a caneta da roça
Não tem como crescer sem trabalhar
Respeito a você como caneta
E também de mim deverias respeitar
Pois de mim também sai o sustento
Das mãos que te seguram por lá .
Cavalaria Lusitana
Ouvem-se os barulhos dos cascos
Dos cavalos pelas ruas da cidade
Será guerra , será repreensão , ou
Até mesmo uma rebelião?
Não meu bom homem mineiro
É a cavalaria lusitana
Que deixou o rio de janeiro
E veio até aqui para nos tirar o sossego
O que querem esses desalmados
Além de nos levar o quinto
Das nossas riquezas , do nosso ouro?
Querem nos tirar também a liberdade
Levando Tiradentes , o sonhador divino
Querem destruir os nossos sonhos
De sermos livres da escravidão
Querem abafar um grito
Que irá despertar a nação
Um grito que os cavaleiros
Não podem matar em cada coração
Perdemos Tiradentes, que agora morrerá
Como um inconfidente para despertar
O patriotismo da nação
Mostrou ser um brasileiro
Ao dar a sua vida pela liberdade
Do seu país , sua nação .
Poder revê-la
Poder revê-la é o que mais me
Importa neste mar da saudade
E poder te ver em meus braços
Aqui estou como Odisseu
Enfrentando poseidon destino
No mar das lutas e das saudades
Anseio chegar a praia dos
Teus beijos e abraços
Assim como o jovem de ìtaca
Ansiava após suas aventuras
O descanso nos braços de
Sua amada Penélope
Poder revê-la é o desejo que sinto
Ter em meus braços ,
Sentir o seu carinho
Poder unir nossos sentimentos
Em um só laço de esperança vindoura
Sem temer o futuro , pois se
Estou ao teu lado ,estou seguro
Seguro e confiante,pois tenho
Mais alguém que se preocupa comigo
Pois juntos não há o que temer
O vindouro futuro, apenas
Encara-lo com muito orgulho.
Crítica
Surgistes com os gregos com
O intuito de ofender os loucos
Sentados no Divã do Olimpo
Com o tempo foi –se aperfeiçoando
Com um pouco de realismo,de sátira,
Humor e zombaria
Despertando iras, tristezas e contendas
Dúvidas e levantando incertezas
O humor é a crítica , a realidade
Sendo contada de maneira
Alegre e descontraída
Às vezes torna –se arma para quem
Quer ao próximo ofender
Às vezes ajuda a verdade a tona aparecer
A não aceitar tudo que os
Outros vêm lhe oferecer
Começastes lá nos tempos
Passados com um gordo feio
Baixo e debochado . Platão
O careca endiabrado
Minha ninfa
Admirando sua pele divina
E sentindo em minha boca
O teu beijo ardente
Oh minha ninfa inspiradora !
Faz-me viajar em um sonho
Profundo e irreverente
Quando a vejo andando de encontro
Ao sol escaldante , sinto ver o céu baixar a terra
Sinto ver um anjo, com doce olhar de encanto
Trazendo-me o mais puro amor do Olímpio
Com um brilho esplendoroso
Oh minha doce ninfa !
Venha para os braços do seu amado
Poeta mortal , que ao sentir você em meus braços
Cresce em meu peito uma coragem fenomenal
De sair a gritar , mostrar para todos
Esse amor que me faz sentir um poeta imortal
Sentado no divã do amor com você em meus braços
Passando-me todo o seu amor
Doçura são teus beijos como o néctar
Do Olímpio que revigora seu amado
Do amor imortal
Cesse tudo que de Afrodite
A velha lenda canta
Pois outro poder ainda
Mais belo se alevanta
E é você minha ninfa
Que me encanta.
Olhando além da janela
Olhando além da janela
Eu avisto uma serra
É para lá aonde vai
O meu triste coração
Atrás daquela serra
Uma música tão bela
Faz soar meu coração
É para lá eu olho então
Que música toca lá?
Só o silêncio do vento
E o canto das aves
Ao passar pelas arvores
E pelas flores são
Para mim dois amores
Olhando além da janela
Eu imagino esta vida tão bela
Que está além da serra
Que torna a vida tão completa
Olhando além da janela
Não quero ficar apenas a contemplar
Quero lá levar meu coração
Para deleitar nesta emoção
Marchar
Ao oitavo dia, do terceiro mês
Do ano de mil e quinhentos
O herói com brasão de cabras de Belmonte
Olha para o céu, olha para o mar.
Com um olhar bem descontente.
Oh, eterno poder trino!
Olhe só a vida triste
Que nos encobre, redemoinhos
De lendas que falam que existem
Nestas águas da imensidão.
Oh, poder trino que favor
Aos reis consente!
Concedeis nos marchar pelos mares,
Abrindo os horizontes da superstição.
Eu quero marchar com os ventos,
Com Deus e com os firmamentos do mar!
E Jeová reponde: "Marchar!
Avante irás sem se intimidar
Por outros mares a navegar."
Vai Cabral abre a minha eterna
Oficina e tire o Brasil de lá.
“Por esse mar longo”.
Afirmava Caminha.
Inspirado pelas ninfas
Que do olímpo desciam.
Vamos abrir à mente desta
Antiga marinha.
Ao vigésimo segundo dia
Do mês quarto de mil e quinhentos
Ao Brasil desembarcaram.
Povos e grandes riquezas acharam
Que nem nas índias, ouviu tal fama.
AUTO DAS CANOAS
Belzebu:
Por onde vai seu bobo
Levando esse desgraçado?
Anjo:
Estou levando ele à vitória,
Porque você é um derrotado.
Belzebu:
É assim que me tratas
Por causa desse delinqüente,
Que a mim pertences?
Anjo:
Se pertencesses a você?
Esta hora estaria contente
Levando em sua canoa mais
Um atoa para as chama ardente?
Belzebu:
Mais é claro que estaria.
A viagem à toa eu não faria.
Voltaria cantando e
Dando pulos de alegria.
Mas já que não tive sorte,
Para não viajar sem nada,
Passe pra mim esse camarada!
Anjo:
Além de não ter vergonha
Também é um debochado!
Queres que eu vires a tua canoa
E se perdes pelo caminho?
Tu mereces mais do que este
Pequeno favorzinho?
Jumento como você,
Não anda em canoa.
Num arado viraria rei
Arando a terra que não é boa.
Ali é seu lugar
Melhor do que em canoa.
Belzebu:
Vejo que você não abre
Mão de seu passageiro
Deixa-me ir até o porto
Para ver se acho um bobo.
Para levar para a perdição
Porque Depois que tu pegas
Não tem combinação
Belzebu:
Vai some com este
Para a sua habitação.
Anjo:
Vou tranqüilo, mas
Também volto contente.
Porque sei que
Os que são meus
Não andarão com essa gente.
Anjo:
Mesmo que eu demore
A recompensa é boa
Eles me esperam por que
Já ouviram falar do seu caminho.
E sabe que é errado,
E Vive melhor o que anda certo
O que anda errado
Está desgraçado
Julio Ribeiro Cortez
FOLIA DE REIS
Folia de Reis (canção)
Dão licença meus amigos
Que aqui nós vamos chegando...
Transmitindo Saudações
Viva o dono desta casa!
Ai, ai, meu Deus
Viva o dono desta casa (bis)
É um bando de gente humilde
Que veio- lhe desejar;
Vida, paz e harmonia
Alegria pra este lar. (bis)
Nós passamos de casa em casa
Não é pra ganhar dinheiro.
Pagamento é o carinho, alegria e o respeito.
Ai, ai meu Deus!
Tradição e nossa fé. (bis)
Demos todos, glória e viva a raiz de Jessé.
Ai, ai meu Deus! Que é Jesus de Nazaré
Ai, ai meu Deus! Salvador de Nazaré.
Que ele possa neste lar
Não só passar, como habitar,
E também abençoar
Todo povo deste bondoso lar
Ai, meu Deus! Todo povo deste lar. (bis)
Aqui já nos despedimos; Viva o dono desta casa!
Seguiremos em frente agora cantando hinos de vitória
Obrigado meus irmãos e até a próxima jornada.
Ai, ai meu Deus! Até a próxima jornada. (bis)
OS MÁRTIRES
Os mártires
Ao passar pelas cidades
Lembro-me daqueles
Grandes mártires
Eu começo a lembrar
Das histórias que me contam
Desses valentes solitários
Que num mundo de
Trevas e escuridão
Eles fizeram brilhar a
Luz do bom cristão
E por ela desceram ao chão
E eles conheciam o dever
De todo bom cristão
Mas, o mundo não os conhecia.
Já a tamanha ingratidão
Levados foram às feras
Das fogueiras o caixão
Fogueiras, cinzas vão para os rios.
Do calabouço, que triste!
Que triste prisão!
Não tinham deles compaixão
Mas eles tinham cristo
E o amavam de coração
Levaram a verdade ao mundo
Com coragem e emoção
Com fé muitas almas foram ganhas
Para a grande e bela emoção
Falaram verdade
E pagaram com a morte
Mas, para a feliz sorte.
Vem a eterna esperança
Que cristo aqui volte
Eles receberão as suas glórias
Das mãos daquele que é forte
Vingai oh cristo!
Pela morte de seus filhos
Que somente em ti
Mantinham a fé pura
Enquanto nossos pais adoravam
Pilares de pedras brutas
Quando nos levantarmos...
Quando olho para seu corpo
Corpo sem vida como
Uma terra fria
Castigada pelo tempo
Sua voz calou-se na agonia
Só restam saudades dos
Tempos de alegria
Vida triste, vida cruel
Que partiu-se como
Um favo de mel.
Que escorreste pela terra
Abraçada pelo relento
Sepultada no silêncio
Ouço falar em ressurreição
Espero com grande emoção
O levantar-se do caixão
Quando nos levantarmos
Dentre os mortos
Renovaremos a paixão
Que o tempo abraçou-se no caixão
Renovaremos a aliança
Lembrar-nos-emos da infância
Que brotou em nosso coração
Levantar-nos-emos
Dentre os mortos
Com amor no coração
Ficaremos felizes na tão sonhada
Manhã da ressurreição
CORDEL
RESUMO : AUTO DA BARCA DO INFERNO
GIL VICENTE
Composta por gil vicente
Que a catolica rainha lianor
Era muito temente
Ao rei manoel primeiro
Tambem o oferece o enrrêdo
O auto de duas barcas
Que naquele porto estão
Uma leva para a perdição
E outra pra redenção
Uma é do saré
Mas pode chamar diabo
De belzebu tambem
Se o leitor quiser
Outra é do enviado
Um anjo solitário
Que chega ao porto calado
E não é de muita indagação
Enquanto seu concorrente
Não tem na lingua refrão
Solta o que vem na boca
Até mesmo palavrão
Neste porto que parece muito louco
Vem de tudo um pouco
Vem fidalgo curioso
De um jeito modesto
Saber qual a parada
Daquela esquisita barca
Belzebu diz que vai
Para o inferno esse tirano fidalgo
Que quer é ir para o céu
Mas pelo bom anjo é frustrado
E acaba pelo diabo alegre levado
Ai vem o onzeneiro
Querendo no paraiso entrar
Mas diz ele o anjo que é na barca
De belzebu que ele ira parar
Levando o parvo para juntos remar
Até o pobre sapateiro
Diz o anjo direto
Que ele irá cozer no inferno
Com o frade da cara santa
Com sua batina profana
Que vendeste a salvação
A preço de banana
O que era santo
Agora a moça profana
E irão abraçar-se nas chamas
E agora para a conversa
Aparece correndo
Da má e indigna maré
Dizendo que criara
Meninas para os cónegos
Da santa e impecável Sé
Mas não teve como escapar
Da barca do cão essa mulher
Judeu e o corregedor
Tanto falou , mas foi
Mas para o inferno
Que o bom anjo apontou
Até mesmo um iludido enforcado
Para a canoa do diabo
Foi logo embarcado
Mas na canoa boa
Para o fim da discursão
Dois cavaleiros bons
Que diziam serem cristãos
Que por cristo diziam
Ter decido a espada e matado
Na canoa do bom anjo
Foram logo embarcados.
Jeito interesante como termina
Uma viagem pro além
Lembra-te de mim
Imaculado jesus
Antes que a barca do mal
Nesta vida cruel pegue
O seu filho e humilde poeta.
JANELAS DA VIDA
Comunismo
La fora o vento soa forte
Ma maior loucura da melancolia
E o Anjo da triste agonia
Inunda e enche o coração da saudade
Você é a grande Luz Vermelha
Que pariu na forte opressão
E no trabalho forjastes a paixão
E a foice e o martelo cruzaram
E o Sangue Vermelho com Vidas
Inunda e corre com esperança
Maior que ate a Revolução Russa
Invade o Mundo e Ilumina Cuba
Erguendo na História
Uma Forte Catedral
Reverenciá-la
Quero poder te render culto
Colocar você num alto e profundo
Altar de amor e eterno culto
Poder com meu amor exaltá-la
Não abomines minhas preces!
Pois só em ti, o meu amor se fortalece
Só um bem quero que entendas
Poder exaltá-la e reverenciá-la
Não vejas na minha prece uma abominação
Quero que compreendas a minha emoção
Quero você no pedestal do meu coração
Por isso venho a ti com devoção
Invocá-la com magna paixão
Preces a você com amor e gratidão
Rosa
Certa vez a vi cruzar em meu caminho
Bela e delicada rosa divina
Que rosa, bela, linda rosa
Que encheu meu dia de alegria
Meu coração por te bate suave
Seu perfume de rosa encantadora
Penetro no íntimo do meu pulmão
Como um sopro de um vulcão
Era uma linda rosa
Rosa, dessas sem espinhos
De doces lábios, mel e carinho
Era uma linda e bela rosa
Em meu tortuado caminho
Não era uma rosa, era você minha amiga
Sonho com Você
Ando por você a sonhar
E teu amor a cobiçar
Morrer em teus lábios ardentes
Em todo teu encanto irreverente
Sua pele dourada pelo mel
Inspira em meus sonhos
Os mais doces desejos
De prová-la com meus beijos
O seu sorriso malicioso
Com o seu olhar de fogo
Mostra em mim o que da vida queres
O que queres no meu corpo
Com o teu sonhado corpo?
Satisfazer meus sonhos e seus desejos?
Declaração
Eu poderia ter te amado
Junto sozinho ao teu lado
Bem próximo a tua destra
E meu amor declarado
Confirmando em sua presença
O que já eras confirmado
O amor que em ti, e em mim
Que no chão do peito havia brotado
Eu te amo com amor infinito
Por ti declaro meu carinho
Ainda a tempo de construirmos
O nosso tão sonhado ninho
Viveremos felizes, voando
Eternamente livres no infinito
Esperança
Preparar a seca terra
Esperar a chuva que cai
Desce do céu e germina o pão
Despertando a semente com o forte trovão
Inspira a todos a terem fiel devoção
Esperando da fértil terra
A vida que brota do chão
Para conservar a vida, a manutenção
Recolher o fruto
Saciando a fome do mundo
Da terra, tira o bendito fruto
Bendito sejam o doce e o amargo fruto
Milagre da terra, que brota germina
Divina multiplicação
Frustração
Como me arrependo
De não ter te amado
De não ter perdoado
E de não ter chorado
Não existe volta, não há mais jeito
Nunca saram cicatrizes no peito
Poderia ter vivido mais
Brincado com intensidade, ver o sorriso
O mundo gira, continua a bailar
O passado passa, o presente se foi
Recomeçar ainda é viver
Infelizmente o mau fruto colher
Dos bons frutos voltarem a viver
E do nada de novo florescer
Não há igual
No mundo não há, não existe
Quem a você se assemelha
Na sua divina beleza
Não há quem se parelha
Sua pele e seus suaves cabelos
Seu olhar esconde segredos
Meu coração por ti
A vida toda almeja
Desejo te ter porvir
Busco seu amor no presente
Com um coração inocente
Perdoe-me pelo amor indecente
Minha deusa, minha vida
Minha Afrodite querida
Seu olhar
Seu olhar de amor ardente
Faz me sentir-se irreverente
Humilde vassalo, nos seus lábios
Profaná-los com meus imperfeitos beijos
Admirando e deliciando nas suas
Belas e perfeitas curvas
Perco-me o juízo, fico sem razão
Elas me despertam o amor, a paixão
Desejo ter o teu belo corpo
Assim vós mecê queres
Ser dona do teu amado?
Purifica-me com teus lábios
Sacia-me no prazer
Força meu coração florescer
Jardim da Fantasia I
Meu amor no jardim
Esta aflita esperando
Ser amada e poder se deitar
Nas rosas do prazer e sedução
Espero meu amor com carinho
É ele quem sacia meu carnal prazer
Sua voz vem como o som do vento
Tocando meus seios com carinho
Sinto-me prazer em amá-la
Fazer dela a flor mais feliz
Interagindo com ela sobre as flores
Venha meu querido amigo
É belo saciar se do fruto
Com o meu amado senhor.
Perdido
Eu estou tão desorientado
Olho para todos os lados
Só aumenta o meu pranto
Vejo todos passarem preenchidos
E só eu que estou neste
Grande abismo e vazio
A solidão me aperta
E então eu choro tanto
Não há ninguém para ouvir
Meu choro e olhar meu desencanto
Eu olho e vejo que não tenho
Você aqui do meu lado sonhado
Só você me salvaria e me guiaria
Neste mundo louco de vazio
Eu não sei...
Eu não sei como me expressar
E dizer que eu te amo
Só peço a você que me perdoe
Por ser direto e aflito
Meu pedido é pressa para você
E agonia para mim
É noite e não é dia
Incerteza, esperança, desejo, amor e pranto
Preciso de um sim, é um alívio
Preciso de você, é solução
É dia, luz, amor, sem agonia
Amo-te com amor bordélico
Amor quente como o fogo
Arde quando é tocado em seu corpo
Se eu fizer...
Se eu fizer amor com você
O que você faria
Minha malícia?
Logo você se apagaria?
Mas creio eu que a noite toda
Seria luta, mas que eu venceria
Deixando você saciada
Mas pronta para o outro dia
Pelo tamanho de tua fome
Creio você ter ância
De prazer e de excitação
Por isso eis aqui o seu remédio
Minha caça sou o teu caçador
Vou saciar o seu calor
Jardim da Fantasia II
Jardim da fantasia
É o seu majestoso corpo
Onde eu criança fico a passear
Em busca de tua rosa, flor do amor
Esse jardim com belos bosques
Com montanhas lácteas
Onde mato minha fome e sede
Bosque da pureza inocente
Enquanto busco o caminho
Do eterno amor florido
Em teus lábios perco-me o sentido
Em teus olhos vejo o infinito
Em teus membros quentes
Encontro eterno abrigo
Sagrado Amor
Sagrado amor, feliz família
Os meus lábios em teus seios
A palpitá-los com meus beijos
Saciando-me de prazer demente
Teu corpo me enlouquece
Teu olhar me estremece
Mais prazer sinto eu perto
Do teu corpo descoberto
Sagrado amor, profanos desejos
Amor perfeito, feliz loucura
Poder saciar, teu corpo se alegra
Com meus respeitosos lábios
Lábios de tolo poeta
Que por ti só da louvores
Meu anjo
Meu anjo que me acalenta
Ao mesmo tempo me atormenta
Quanto mais você brilha
E do meu lado resplandece sua luz
Mais você me assedia
E minha mente sacia
Dos pensamentos vis profanos
Estás para me proteger!
Mas com você ao meu lado
Também posso me perder
És anjo ou demônio?
Queres me levar para o céu
Do imenso e puro amor
Ou para o ades da purgatória da paixão?
Alma minha
Minha alma por que me abandonastes?
Eu hoje fico a ver solidão
Pensando em você só resta vasta imensidão
De idéias prazerosas sem você consumação
Como resistir de vis mulheres
O imenso prazer e encanto
Se só em você termina meu pranto
Por isso voltes para seu ninho
Quero matá-la de carinhos
E ligar de novo nossos caminhos
Alma minha não fiques tristes
Te aceito de volta neste coração
Espantará toda minha solidão
Depois poderás voltar pra seu mundo.
Beijo-me
Beijo me sua boca, doce como o vinho
Respiro fundo o seu cheiro de jasmim
Eu sou sua e você o meu caminho
Juntos nós viajaremos no amor
Você de tal terra é a maior filha
É a luz que sacia o dia
Desta nação de belas orgias
Por ti derramo meus prazeres
Eu no bosque buscarei o meu amado
Pedi às árvores noticias do meu amado
Onde está o teu leito, teu abrigo?
O meu deleite e meu abrigo
Onde durmo e sacio, é o teu corpo
Nos teus braços eu faço ninho
Nudez
Já despi as minhas vestes
O que esperas de mim?
Já vejo teu corpo em lenço
Sem pudor a me mostrar
Venha minha amada com mãos fortes
Alisando meus membros nus
Sentindo meu calor de prazer
Enquanto eu me aninho em você
Vem em prazer buscar a sorte
Envergonhando Vênus ciumenta
Que com desprezo não se contentas
Ao ver você feliz e florida
Do aroma do louco prazer
Derramando seiva do amor.
Outrora
Como eram bons os tempos de outrora
A juventude, rainha do viver
Por entre Campinas, correr, saltar, viver
Com mulheres o prazer a sonhar
Oh minha faze querida!
Minha infância perdida
Saudosas mulheres que não voltam mais
Perderam-se no tempo e na juventude
Tempos bons da saudade!
Onde não se viam maldades
Nem temor do futuro
Oh se ontem eu pudesse
Ter de hoje a mentalidade!
Não teria desperdiçado a vida no passado
Estrada
Nessa estrada, não sabemos
O que virá, apenas sabemos o hoje
O futuro é um imenso sonho
Que tentamos transformar
Quando chega, nossa vida agita
Muda por completo a nossa vida
E nos convida a mudança aceitar
Ver nossos sonhos a naufragar?
Nesta estrada, não nos cabe
Conhecer o fim, e o que vai dar
O recurso é viver e sonhar
Vamos todos juntos por ela
Vivendo o hoje, como um amanhecer
E depois viver, para o fim dela ver.
Viver a vida
Lindo e esplendoroso é poder viver
Poder em cada dia ver o sol nascer
Um desabrochar da vida e um jardim
Sorrir para a vida sem fim
Poder ver um mundo feliz
Poder amar sem pensar no amanhã
Poder viver intensamente uma eterna paixão
Criar fantasias, encantos e amores
Ser alguém, amar e poder ser amado
Compartilhar do melhor da vida
Com alegria, tudo se constrói tudo se cria
Respeito mútuo, tudo se constrói
Rumo à educação e a amizade sadia
Esse é o bom do viver a vida
Quando você partiu...
Oh que tremura eu sinto em minha alma
Quando você partiu minha amiga
As chamas do fogo sumiram do meu corpo
Chamas que só você as alimentava
Com o bálsamo do teu corpo
E o calor dos teus seios
Eu buscava abrigo e proteção
E dentro do teu corpo, esquentava meu tição
Agora tudo é um imenso vazio
Vejo a falta que você me faz
Minha mulher querida
Ando errante pela solidão
Na cama não há consolação
Só o frio e agonia da solidão
Cansado
Estou cansado deste fadonho dia
Quero quando o sol se por
Poder descansar em teus braços
Poder sentir seu coração bater
Poder te amar, sem pensar
Que amanhã outro dia virá
Quero nesta noite sonhar
E no prazer se deliciar
Quero com você amar, sonhar
E ver o novo dia raiar
E dele esquecer as lutas
Se não raiar o dia
Quero só esta noite sua companhia
Poder morrer e viver em teus braços
Minha Amada Mineira
Cântico I
Oh minha amada mineira
És bela em formosura
Seus seios são firmes, fortes
Como às montanhas de Minas
Seu sorriso claro como a lua
Que surgi atrás da Serra
Inspirando os violeiros a cantarem
Poemas, trovas e belas rimas
As curvas de teu corpo
São como estradas, belas paisagens
Que cortam Minas inteira
Suas curvas como estradas
Levam-me rumo ao belo
Ao prazer da sedução
Cântico II
Enquanto deslizo minhas mãos
Ecoa uma voz suave como cachoeira
O barulho calmo do vento
Passeando pelos vales junto aos rios
Terra que mana mel
No teu corpo sinto-me no céu
O meu amado é tudo para mim
Como o São Francisco, Rio Doce
E Jequitinhonha é para Minas
A mim também abastece
Com palavras caudalosas
Amores incansáveis cheios de vida
Traz a mim esperança e vida
Ao meu seco coração que floresce
Cântico III
Assim como os Rios trazem paz
Vida as margens Mineiras
Enchendo de vida e de pão
Inspira poetas, lavadeiras e trovadores
Como o deus do Tejo
No nobre País Portugal
Inspirava Bocage a sonhar
Na simples folha de papel
Venha meu amado
Descobrir em meu corpo
As tão sonhadas Minas
Que te enriquece de prazer
E te faz deliciar essas montanhas nuas
Que sacia sua devassidão
Cântico IV
Os seus desejos minha amada
Sinto gozo em cumprir
Fazendo você sentir
O de bom da inspiração
Inspiro a você ser forte como o aço
No vale do prazer do amor
Minas de desejos são
O teu olhar de demente
Oh minha querida Minas
Minas tu pareces na grandeza
Infinita magia eu sinto
Desbravando seus lugares
E sonhando serem o teu
Tão belo e lindo corpo.
UM PEQUENO CONTO
Por quê os Sinos da Igreja tocam?
1.Papai, papai, por quê os sinos tocam no alto da Igreja?
- Oque os fazem tocar?
Sente se aqui meu filho, o amor. É o que os fazem tocar. Vou-lhe contar uma pequenina história:
Era uma uma familia portuguesa recém- chegados ao brasil. Logo souberam que em uma pequenina cidade conhecida pelo nome de “Cidade da Alegria” , era pequenina, mas seu povo era de um imenso coração, amigos e onde todos viviam alegres.ali o jovem casal Pedrinho e Ana, encontram nesta cidade a paz que tanto almejavam.
Compraram um pequeno sítio e logo o chamaram de “Síto da Alegria”, havia muitos animais ali, aves de todas as cores e raças. Até mesmo uma velha e sábia raposa, que sempre vinha em seu quintal conversar com Dona Ana. Eram super amigas, sempre este síto recebia amigos e convidados ilustres; Dona pata, Dona Raposa, Senhora Vaca, Doutor Cavalo, saci, o curupira, tambem marcavam a presença.
Pedrinho e Dona ana tinha amizade de todos os bichos da floresta e também da cidade, sempre recebiam a visita de algumas pessoas engraçadas da cidade como o Rato Caiano, a Colega, o Feinho, a Tiana, e muitos outros, com causos e histórias magníficas de lendas da cidade da alegria, e Pedrinho e Ana ficaram conhecendo a Velha história dos Sinos da Velha Igreja da Cidade.
Segundo a Lenda diz, que a muitos e muitos anos atrás, um casal em sua humilde casinha, sua esposa acabara de dar a luz ao seu quinto filho, resolveram chama-lo de Davi. “O pai segurou a pequena criança e disse que arrumaria para o pequeno Davi um padrinho, nem que fosse o Diabo”.
Mal terminou de falar, alguém batia na porta. Era um senhor de aparencia forte, com um olhar penetrante, bem vestido, parecia muito rico, sua carruagem tinha cinco lindos cavalos, cada um de uma cor. O pai da criança o perguntou se ele queria algo. Ele respondeu que sim, que soubera que naquela humilde casa, um pai com dificuldades financeiras, gostaria que o filho não tivesse a mesma sorte dos irmãos. Mas sim um padrinho rico, que cuidasse da criança com carinho, ate os pais melhorarem de vida.
Os pais da criança ficaram felizes, mal dissera e aparecera uma oportunidade dessas. Embrulharam a criança, despediram dela com um beijo, e os dois entraram na carruagem, rumo sabe lá Deus aonde ia para o pequeno e frágil Davi. Neste instante, ouvem- se um forte risada vindo da carruagem, dizendo: “0 Diabo cuidará bem de seu Filho”. A alegria dos pais, agora em desespero, o que foi que eu fiz? Disse o pai. Aquela noite ele ficou aguniado, triste. E fez uma promessa com os joelhos no chão mais a sua esposa, “que se o menino voltasse, ele cuidaria de ser um bom cristão, firme nos caminhos da igreja, e cada vez que uma cirança nascesse na cidade, ele mesmo se encarregaria de tocar todas as noite os sinos da igreja da Praça. E que nunca mais entregaria seus filhos nas mãos de outros para adotarem.”
Enquanto isso, Davi chegara ao reino do Diabo, era um castelo imenso, de terras sombrias, e que por mais que alguém andasse, jamais chegava ao fim. Havia um rio que cortava as terras, um rio de aguas serenas, que não fazima barulhos, não havia vida nele. A noite só se ouviam choros vindo de suas aguas.
2• Reino Sombrio e medonho
Nestas terras não se ouviam o cantar dos pássaros, tudo era triste, o menino fora criado por uma velha , o diabo sempre saia em missões que muitas das vezes passava meses sem aparecer no castelo. Mas quando aparecia, queria saber como ia o menino.
E os anos foram passando... passando... Davi então cresceu, agora com doze anos ele que ajudava a cuidar da velhinha e do castelo. Ela sempre contava a história de como ele fora encontrado, e em qual cidade morava bem distante seus pobres pais. Era seu sonho conhecê-los, mas como sair? O reino parecia não ter fim, andava, andava, e quanto mais andava, longe estava de sair do reino. Um dia o Diabo, disse ao jovem que iria sair em uma missão e que ele cuidasse do castelo para ele. Deu – o as chaves dos quartos do castelo, e disse a ele que jamais abrisse os seis quartos da torre do castelo. Pois, se ele o fizesse, estaria morto, ele próprio o mataria, juntamente com a velhinha se caso ele desobedecesse sua ordem.
Pois delas dependiam todo seu reino.
E logo partiu-se em retirada pelo reino sem fim do castelo.
Davi perguntara a velhinha o que havia de tão especial nesses quartos do castelo? Ela infelizmente, disse a ele “que não poderia lhe dizer nada, pois seria punida. Mas ele próprio iria descobrir e fazer sua própria escolha”. Davi, não entendeu, esse enignma, mas os dias foram passando, e a voz de abrir os quartos, falava cada vez mais alto em sua mente, e as palavras da velhinha também vinham com a idéia de abrir as portas, mas o medo era grande de algo ruim acontecer não só a ele, mas tambem a esta velha senhora que aprendera a amar.
3• As Seis Portas- A curiosidade fala mais alto
Davi, pensava que segundo a idosa senhora, seu futuro e o dela e de ver sua familia, agora estava em suas mãos. Davi decide subir a torre do castelo com as chaves nas mãos. Ao aproximar do primeiro quarto, não ouviu nenhum som saindo dele. Procurou a chave e o abriu. Para sua surpresa la estava um cavalo lindo azul comendo carne, ficou espantado, quando o cavalo falou com ele com uma voz forte:
- “aproxime-se rapaz! Ajude-me libertando me da maldição! Como poderei ajudar? Perguntou o pequeno Davi;
-“você pode ir nos outros quartos e abri-los, basta concertar o que há de errado para você em sua visão”respondeu o cavalo.
Davi foi ao segundo, e encontrou um cavalo preto que lhe disse o mesmo enignma, e assim o terceiro cavalo amarelo, o quarto russo queimado, e o quinto malhado....
4• O Sexto quarto – um Leão
Quando Davi abriu o sexto quarto, para seu espanto, era um leão grande e forte comendo capim, mas não disse nada, e não falou com ele, e nem se quer olhara em seus olhos. Davi então perguntou: o que pode estar errado em minha visão nestas cenas? Pensou por um instante. Logo disse consigo:
“o errado é que os cavalos comem carne, e o leão capim, vou inverter, capim para os cavalos e carne para o leão.!”
Foi em cada quarto e trocou os coxos com carne e pegou os de capim e levou para os cavalos. Quando acabou de colocar a carne para o leão.
O leão deu um forte rugido e virou uma imensa bola de fogo e foi em direção ao horizonte. E o castelo sumiu, e cada cavalo se transformaram em principes jovens e belos, com suas vestes reais em inponentes cavalos brancos. A velha senhora era uma princesa, esposa de um desses principes que fora rapitada também e levada para o reino da solidão junto com seu esposo. E ambos foram transformados por um feitiço.
5• Final glorioso
“Voce nos libertou da terrivel maldição. Somos gratos a você nossos reinos estão alem do horizonte. Faz dez anos que não voltamos, nossos pais devem estar preocupados.
Mas primeiro levaremos você a sua familia. Gaia o Príncipe dos príncipes, o acompanhará ate sua casa.” Mas quanto ao Diabo, perguntou davi: “não se preocupe, ele estava fora de seu reino quando a maldição fora quebrada. Ficando perdido no tempo e no espaço, e jamais o encontrará. Visto que você não só abriu os quartos, como também quebrou a maldição e não ficastes com medo do leão. Adeus jovem, felicidades a voce” a princesa também despediu do menino e disse que ele haveria de vê-los novamente.
6• Encontro com a familia
Seu pai todos os dia subia no alto da torre da igreja, ao romper do dia para ver se seu filho voltaria. De la suplicava aos céus que acabasse com sua tristeza e de sua familia.
Até que numa tarde ao ver de longe um jovem vindo com um cavaleiro, sentiu-se o desejo de ir ao encontro deles. Talvez tinha alguma noticias de uma criança que fora levada pelo diabo.
Ao aproximar-se do cavaleiro e do menino: para seu espanto, o jovem cavaleiro lhe saudou e lhe disse:
Paz seja contigo, agora chegara o fim das suas amarguras! Seu filho esta de volta. Leve-o para casa. E também estas moedas de ouro para o bem de sua familia. E nunca mais repita tal mal em sua vida. E cumpra a sua promessa” o menino com os olhos cheios de agua corre para os braços do pai, que o recebe e o pede perdão. Mas ele tinha medo era de seu filho morrer por falta de comida. Por isso naquele desespero acabou entregando seu filho ao Diabo, ou melhor a um estranho.
O cavaleiro seguiu-se rumo ao oriente, e nunca mais foi visto.
Ao chegar em casa Davi ficou conhecendo seus irmãos e sua tao adorável mãe que mal dormira durante doze anos lembrando do filho que nunca mais o vira.
Depois disso na casa de davi chegou uma comitiva de um reino distante trazendo para ele e sua familia grandes riquezas, que agora sua familia era rica e poderia ajudar a outros tambem. E desde aquele dia os sinos na velha igreja, que agora fora reformada pelo pai de Davi, nunca mais parou de tocar e ate hoje na cidade da alegria, eles tocam sozinhos todas as noite que nasce alguma criança.
E a cidade fora ajudada de tal forma por aquela familia, que até hoje as pessoas são felizes e não há nescessitados nela, visto que a herança ganhada por cada um fora passando de geração a geração.
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